segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Parasitologia - Leishmaniose


Doença
  • Leishmaniose
Agente etiológico

  • Leishmania sp.
Hospedeiro
  • Definitivo: Homem e outros mamíferos
  • Intermediário: Lutzomya sp.
Transmissão
  • Picada de mosquito palha infectado, do gênero Lutzomya spp., são mosquitos pequenos, corcundas e com as asas estreitas e de forma lanceolada, sempre levantadas quando estão pousados.
Morfologia
  • No inseto:
    • Promastigota
    • Paramastigota
    • Promastigota metacíclico
  • No mamífero:
    • Amastigota
Sintomas
  • Tegumentar: 
    • Cutânea: Infecção confinada na derme, com epidermis ulcerada
    • Muco-cutânea: Infecção na derme (ulceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem.
    • Cutânea difusa: Infecção confinada na derme, formando nódulos não ulcerados. Disseminação por todo o corpo. Associado a deficiência imunológica do paciente
  • Visceral:
    • Febre baixa recorrente, envolvimento linfohepático, esplenomegalia, caquexia e dados epidemiológicos.
Tratamento
  • Antimoniais Pentavalentes
  • Glucantime
  • Pentamidinas
  • Anfotericina B
Profilaxia
  • Identificação de focos de Leishmania (animais infectados em proximidade a domicílios: silvestres e domésticos: erradicação.
  • Imunização em massa de cachorros (Leishvaccin)
  • Uso de repelentes, telas de proteção.
  • Borrifação frequente de ambientes.
  • Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com alta incidência de flebotomíneos.
  • Tratamento/exterminação de animais domesticos infectados.
Reprodução
  • Assexuado – divisão binária
Ciclo de Vida
Diagnóstico
  • Parasitológico: Os pacientes internados com calazar podem ser submetidos a uma punção esternal ou de crista ilíaca, para obtenção de amostra de medula óssea. A observação deste material ao microscópio, corado por Giemsa, mostra parasitas dentro dos macrófagos em cerca de 95% dos casos com clínica evidente (após análise de pelo menos 100 campos microscópicos com macrófagos visíveis). Nos casos negativos costuma-se repetir a punção mais uma ou duas vezes, mas pode acontecer com frequência que os resultados sejam sempre negativos. 
  • Sorológico: Nas infecções humanas há uma clara ativação policlonal, levando à produção de grandes quantidades de anticorpos contra o parasita. A sorologia do calazar é, por isso, relativamente simples e bem sucedida. O teste mais empregado no Brasil é a imunofluorescência, empregando promastigotas de Leishmania fixos em lâmina.
  • Hemograma: A infecção dos macrófagos pela leishmania leva a uma destruição destas células e a um conseqüente desvio da hematopoiese para a produção de mais macrófagos, Com isto há uma progressiva redução do número de plaquetas e uma clara anemia, facilmente evidenciada nos exames laboratoriais de rotina, e particularmente notável nos pacientes que já apresentam sinais do calazar, sejam cães ou seres humanos.

Fonte: Bases da Parasitologia Médica - Luís Rey - Guanabara Koogan - 3ª edição

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