Doença
- Leishmaniose
- Leishmania sp.
- Definitivo: Homem e outros mamíferos
- Intermediário: Lutzomya sp.
- Picada de mosquito palha infectado, do gênero Lutzomya spp., são mosquitos pequenos, corcundas e com as asas estreitas e de forma lanceolada, sempre levantadas quando estão pousados.
- No inseto:
- Promastigota
- Paramastigota
- Promastigota metacíclico
- No mamífero:
- Amastigota
- Tegumentar:
- Cutânea: Infecção confinada na derme, com epidermis ulcerada
- Muco-cutânea: Infecção na derme (ulceras), invasão de mucosa e destruição da cartilagem.
- Cutânea difusa: Infecção confinada na derme, formando nódulos não ulcerados. Disseminação por todo o corpo. Associado a deficiência imunológica do paciente
- Visceral:
- Febre baixa recorrente, envolvimento linfohepático, esplenomegalia, caquexia e dados epidemiológicos.
Tratamento
- Antimoniais Pentavalentes
- Glucantime
- Pentamidinas
- Anfotericina B
- Identificação de focos de Leishmania (animais infectados em proximidade a domicílios: silvestres e domésticos: erradicação.
- Imunização em massa de cachorros (Leishvaccin)
- Uso de repelentes, telas de proteção.
- Borrifação frequente de ambientes.
- Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regiões com alta incidência de flebotomíneos.
- Tratamento/exterminação de animais domesticos infectados.
- Assexuado – divisão binária
Diagnóstico
- Parasitológico: Os pacientes internados com calazar podem ser submetidos a uma punção esternal ou de crista ilíaca, para obtenção de amostra de medula óssea. A observação deste material ao microscópio, corado por Giemsa, mostra parasitas dentro dos macrófagos em cerca de 95% dos casos com clínica evidente (após análise de pelo menos 100 campos microscópicos com macrófagos visíveis). Nos casos negativos costuma-se repetir a punção mais uma ou duas vezes, mas pode acontecer com frequência que os resultados sejam sempre negativos.
- Sorológico: Nas infecções humanas há uma clara ativação policlonal, levando à produção de grandes quantidades de anticorpos contra o parasita. A sorologia do calazar é, por isso, relativamente simples e bem sucedida. O teste mais empregado no Brasil é a imunofluorescência, empregando promastigotas de Leishmania fixos em lâmina.
- Hemograma: A infecção dos macrófagos pela leishmania leva a uma destruição destas células e a um conseqüente desvio da hematopoiese para a produção de mais macrófagos, Com isto há uma progressiva redução do número de plaquetas e uma clara anemia, facilmente evidenciada nos exames laboratoriais de rotina, e particularmente notável nos pacientes que já apresentam sinais do calazar, sejam cães ou seres humanos.
Fonte: Bases da Parasitologia Médica - Luís Rey - Guanabara Koogan - 3ª edição
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