domingo, 8 de junho de 2014

Imunologia - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)

A AIDS é causada pela infecção por HIV. O vírus é transferido pelo sangue, sêmen, secreções vaginais, leite materno e saliva (em um pequeno número).
O HIV é um retrovírus humano envelopado da família lentivírus. Foram descritas duas cepas de HIV, o HIV-1 e o HIV-2, sendo o HIV-2 menos virulento. A partícula viral contém dois filamentos separados idênticos de RNA genômico e três enzimas: integrase, protease e transcriptase reversa.
As células alvo para o vírus são os macrófagos/monócitos, células dendríticas e células T CD4+. Todas essas células são afetadas por possuírem CD4, que tem alta afinidade por pg120 e gp41 (glicoproteínas que constituem o envelope viral do HIV). Essas células infectadas servirão como reservatório do vírus.



Na célula hospedeira, o RNA viral é replicado para uma cópia de cDNA pela enzima viral transcriptase reversa. O cDNA pode permanecer no citoplasma ou penetrar no núcleo e ficar integrado ao genoma do hospedeiro, como um provírus, com a ajuda da enzima viral integrase. A replicação viral continua em baixo nível, às vezes por vários anos, de modo que a infecção por HIV permanece em uma fase relativamente, mas não verdadeiramente, "latente".
A estimulação de macrófagos e células T infectados pela citocinas ou antígenos resulta em replicação viral aumentada e fase produtiva.

Curso clínico

  1. Infecção aguda: durante a infecção viral, muitos são assintomáticos. Outros apresentam sintomas como resfriados (febre, dor de garganta e mal-estar generelizado). Queda acentuada de células T CD4+)
  2. Fase latente crônica: baixa taxa de replicação viral. Níveis de T CD4+ diminuem gradativamente.
  3. Fase crítica: manifestações clínicas de infecções incomuns e neoplasias. A ativação das células T infectadas pelo vírus, pelo antígeno, resulta na ativação da transcrição viral e formação de novos vírus. Isso acarreta na destruição acelerada dessas células , aumentando o estado de imunodeficiência. Essa alta taxa de replicação também aumenta a taxa de mutação viral, o que ajuda o vírus a escapar de qualquer controle imunológico remanescente.

Fonte: Imunologia 6ª ed. - Richard Coico, Geoffrey Sunshine - Guanabara Koogan

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